Principais Acidentes na Infância

SILVANA DENOFRE CARVALHO

Profa. Assistente do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.

 

 Os acidentes constituem uma importante causa de morbidade e mortalidade na infância em todo o mundo.

As crianças, adolescentes e pessoas idosas são os grupos mais vulneráveis. As primeiras pela sua limitação física, sensorial, psicomotora e cognitiva, que só serão desenvolvidas com o tempo. Os adolescentes por assumirem atitudes arriscadas e irrefletidas expondo-se ao acidente, como parte do comportamento próprio da idade. Os velhos pela sua limitação física, auditiva e visual.

O rápido e intenso desenvolvimento material, tecnológico, a mudança de modo de vida, se por um lado trazem maior conforto e solução para uma série de problemas, por outro, proporcionam novas situações de acidente. Assim, o carro que conduz a pessoa ao trabalho pode ser o responsável pelo acidente. À medida que uma sociedade se desenvolve e controla a mortalidade devida a doenças transmissíveis e a desnutrição, o acidente ganha maior importância como causa de óbito. Por isso é necessário que o enfermeiro esteja consciente do seu papel, como agente no controle desta patologia e inclua na sua prática dália a orientação sobre prevenção de acidentes na infância.

Os acidentes constituem a principal causa de óbito durante o primeiro ano de vida, especialmente em crianças de 6 a 12 meses. A vigilância, a atenção e a supervisão constantes são essenciais, à meada que a criança adquire maiores habilidades locomotoras e manipulatias, que se acompanham de curiosidade em relação ao ambiente. Podemos agrupar os acidentes nas seguintes categorias:

aspiração de corpos estranhos, sufocação, quedas, intoxicação, queimaduras, acidentes por veículos motorizados e lesão corporal. No entanto, estes acidentes podem ser evitados levando em consideração o estado do desenvolvimento da criança e proporcionando orientações adequadas a estes pais, insistindo na importância das medidas preventivas. Discutir com os pais e fornecer orientações sobre os maiores riscos de acordo com a idade da criança é o melhor caminho.

 

l - Lactente até 6 meses

Quedas

Queimaduras

Sufocação

Intoxicação

 Acidentes de automóvel

  

2 - Lactentes de 7 a 12 meses

 Queda

Queimadura

 Afogamento

 Envenenamento

 Sufocação

Choque elétrico

Acidente de automóvel

 

3- Crianças de l a 2 anos

Quedas e ferimentos

Queimaduras e choques elétricos

Afogamento

Auto-segurança

 

4 - Crianças de 2 a 6 anos

Esta criança corre, pula e já começa a entender, mas ainda não sabe o que é perigoso. A criança precisa de proteção, supervisão e disciplina firme. Crianças de mais de 3 anos já entendem, mas ainda precisam de proteção.

Quedas, ferimentos e afogamentos

Queimaduras

Auto-segurança

Envenenamento

Mordida de Animais

Segurança no tráfego

 

Ao considerar os possíveis perigos ambientais aos quais as crianças estão expostas, a tarefa de prevenir esses acidentes apenas começam a ser consideradas. As enfermeiras precisam conhecer as possíveis causas de lesão, em cada faixa etária, a fim de fornecer orientação preventiva antecipada. Portanto, a educação preventiva dos pais deve ocorrer, em termos ideais, durante a gestação. Já que dois terços de todos os acidentes que envolvem crianças ocorrem no lar.

No que diz respeito à prevenção de acidentes e disciplina, deve-se enfatizar um fator adicional. As crianças são imitadoras; elas imitam o que vêm e ouvem. A prática de medidas de segurança ensina segurança à criança, o que se aplica aos pais e seus filhos, bem como às enfermeiras e seus clientes. Dizer uma coisa e fazer outra confunde as crianças e pode acarretar problemas de disciplina à medida que a criança vai crescendo.

A prevenção de acidentes requer proteção e educação.


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