Projeto MULHER VIVA
Educando para uma vida saudável
*Maria Alícia Carrillo Sepúlveda
Com a institucionalização da descentralização das ações de saúde no país, os profissionais da rede pública de saúde de Campinas-SP, frente a essa realidade, se reuniram para construir o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher dentro dos moldes do SUS.
Um dos resultados obtidos foi um trabalho contendo práticas e condutas na assistência de enfermagem à gestante da cidade de Campinas que visa proporcionar melhoria na qualidade da assistência prestada a essas mulheres.
É importante ressaltar que a cidade de Campinas-SP possui uma rede pública ampla, bem distribuída, contando com grande potencial de recursos humanos e organização administrativa, pioneira na introdução de novas ações de saúde que renderam à cidade indicadores de saúde compatíveis, em vários aspectos, com cidades de países desenvolvidos.
O resultado deste trabalho realizado por profissionais médicos e não-médicos finalizado em dezembro de 1998, é um conjunto de orientações que visa auxiliar a equipe de saúde no alcance da qualidade de assistência à saúde da mulher .
ROTEIRO PARA CLASSIFICAÇÃO DO RISCO DA GRAVIDEZ
ALTO RISCO:
MÉDIO RISCO:
Cronograma para Atendimento à Gestante
BAIXO E MÉDIO RISCO
Mês |
1º |
2º |
3º |
4º |
5º |
6º |
7º |
>36sem |
Consulta médica |
CM |
CM |
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CM |
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CM |
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CM |
Consulta de enfermagem |
CE |
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CE |
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CE |
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CE |
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Até a 28º semanas -consultas mensais
28º a 36º semanas-consultas quinzenais
36º semanas em diante -consultas semanais
Quando a primeira consulta for realizada pela enfermagem, deve se fazer a solicitação dos exames de perfil obstétrico e agendamento da consulta médica. Nesta consulta será definido o risco da gestação.
ALTO RISCO
Todo atendimento será realizado pelo médico.
ATENDIMENTO PÓS-PARTO NA REDE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM CAMPINAS-SP
Toda gestante registrada no pré-natal e toda mãe de lactente em acompanhamento de puericultura deverá ser orientada para acompanhamento pós-parto.
O acompanhamentO no puerpério deverá se prolongar até 6 meses pós-parto, com consultas agendadas. Faz parte indissociável do acompanhamento pós-parto:
O método anticoncepcional de eleição pela paciente após consideração do tempo pós parto, amamentação, hábitos e patologias associadas será iniciado na 1ª consulta e reavaliado nas subsequentes, devendo-se ao 6º mês estar sob uso de contraceptivo eficaz para período de intervalo interpartal. A rede deve estar preparada para orientar e prover os métodos disponíveis no Brasil.
As puérperas susceptíveis à rubéola, segundo sorologia no pré-natal, deverão receber vacinação aproveitando-se a infertilidade natural do período pós-parto ou de aleitamento.
Patologias clínicas identificadas na gestação deverão ser adequadamente acompanhadas. Só se justifica a coleta de exames como CO ou sorologias em casos excepcionais, quando não houver resultados disponíveis do acompanhamento pré-natal ou quando houver indicação clínica.
Anexos
: PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM USADOS NO PROJETO MULHER VIVA - CAMPINAS
Este trabalho teve como material de base o próprio Programa Viva Mulher da cidade de Campinas-SP. Programa de Saúde da Mulher:
Dr. Wlademir Pereira Mendes - coordenador
Dra. Eliana Amaral - Assessora Especial do Programa de Saúde da Mulher. Professora Assistente de Obstetrícia -DTG/FCM/Unicamp
*Aluna Bolsista (Iniciação Científica) da FAPESP
Orientadora: Profª Dra. Maria Helena Baena de Moraes Lopes
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