São características pressupostas de um desenvolvimento normal, segundo BIEHL (1992), simbolizando aptidão neuromotora e atestando a oferta adequada de alimentos, estímulos positivos e afeto:

• nas primeiras semanas de vida a criança dorme muito, possui uma percepção vaga do outro, às vezes necessita ficar só para construir seu próprio ritmo vital;
• no segundo mês sorri à face humana, característica denominada como primeiro organizador, pôr ser um primeiro indício de sociabilidade;
• no quinto mês duplica seu peso de nascimento;
• no sétimo mês já senta sem apoio;
• no nono mês ocorre o segundo organizador, a criança começa a estranhar, reage com choro ao ver outros que não sejam conhecidos. Sinal de que os laços simbióticos com a mãe estão se afrouxando em direção ao social amplo;
• com onze meses engatinha;
• no primeiro ano triplica seu peso de nascimento, é caracterizado por um período de construção de uma relação de afeto calorosa e estreita com o adulto cuidador, que será a base de toda futura estrturação, inclusive de vir a ser um pai ou mãe suficientemente bons;

• no segundo ano a criança é exploradora do mundo circundante, ocorrendo a aquisição da marcha e da linguagem verbal, idade do dizer não e dos acidentes. Opõe o indicador e o polegar, sendo uma aquisição psicomotora representativa de uma permissão para iniciar um controle esfincteriano;
• na fase pré-escolar há o interesse por descobertas, uma extrapolação do núcleo familiar através de um processo de socialização e enculturação. Percebe-se também o complexo de Édipo, e as crianças são alvo de doenças transmissíveis;
• dos sete anos em diante é a fase de absorção de conhecimento e sociabilidade, tendo como desvios presentes nesta fase: distúrbios de escolaridade (fobia escolar, dislexias, disgrafias, dor abdominal e vômitos dos escolares) e patologias ligadas à imunidade (febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda).

*Bolsista de iniciação científica da FAPESP

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL